domingo, 11 de abril de 2010

“Curitiba sem pinheiro ou céu azul pelo que vosmecê é - província, cárcere, lar - esta Curitiba, e não a outra para inglês ver, com amor eu viajo, viajo, viajo.” Trevisan, Dalton. Em busca de Curitiba perdida.

Por que esse vazio? Um nada subterrâneo. Viajando por Curitiba, madrugadas sem lei, Dalton é um narrador imbecil encapuzado com frases moralistas. Não Maria e sem João. Outra coisa, não existe mais rosto, a pedra e não mais o sexo. O moralismo perdeu seu grande inimigo, nunca mais grupo, nem dois, apenas mais um perdido. Curitiba: antro dos subterrâneos, das junções momentâneas produzidas com fumaça. Sem bala Zequinha e nunca mais a colegial, apenas os perdidos sem rosto, sombras sem rastros, via sacra das esquinas marcadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário